
É, não é um livro. É um filme. Lógica? Quem se importa com lógica e padrão? Esse blog é meu e eu escrevo sobre o que eu bem entender.
O filme é lindo, é a história de Sophie, uma nova iorquina que vai com o noivo para Itália, numa suposta viagem romântica, mas o cara não dá a mínima atenção pra ela. Em suas andanças por Verona, sozinha e abandonada, Sophie acaba conhecendo um muro onde mulheres do mundo todo deixam cartas para Julieta (é, aquele do Shakespeare), pedindo conselhos amorosos. E Sophie descobre que um grupo de mulheres recolhe todos os dias essas cartas e respondem a todas. Aí a protagonista acha numa pedra solta uma carta escrita há meros 50 anos e responde toda empolgada. Em menos de uma semana surge em Verona a autora da carta, uma senhora inglesa, Claire, e o neto galã. Eles ficam o filme inteiro atras do Lorenzzo, o amor da vida da véia.
Lógico que eu chorei, sempre choro. A hora que a Claire encontra o Lorenzzo então, eu nem conseguia ler legenda, de tanto que chorava. Óbvio que Sophie chuta o noivo desalmado e termina com juras de amor com o neto galã, nem é spoiler eu falar, é fato que todos esperam se consumar desde o primeiro segundo em que o inglezinho surge em cena.
Nota que preciso fazer: a única coisa que me fez simpatizar com a Sophie é que a paixão dela é escrever, o sonho da menina é ser jornalista e sim, ela escreve sobre a pira em Verona atrás do Lorenzzo e publicam depois a história dela, lógico.
Agora hora de falar mal.
O filme é super clichê, cheio das coisas que não acontecem JAMAIS na vida real, como o noivo que só pensa em conhecer vinhedos e casas de queijo (ele é chef de cozinha) e não dá a mínima pra noiva. A guria tá noiva do sujeito faz mais de 1 ano e só depois de ir pra Verona que percebe o quanto ele é babaca e não dá certo, antes da viagem tudo era lindo, né? O neto galã chega sendo o maior escroto do filme e em 3 ou 4 dias com a loirinha vira um anjo de pessoa. Os caras passam uma semana juntos, chega no final do filme (cena dum casamento, CLICHÊ) já tão dizendo que se amam.
Maaaaaaaaas, o amor dos véios é lindo. Imagine um amor que durou 50 anos. Eu sei porque durou, porque eles não conviveram, cada um foi pro seu lado, casou com outras pessoas, daí é fácil continuar amando, né? Ai credo, eu acabando com o romantismo do filme.
Outra coisa, se vocês amigos querem descobrir o que leva as mulheres a serem tão dramáticas, a resposta é simples: comédias românticas.
Nesse gênero de filme o relacionamento perfeito é aquele onde o cara vive em função da mulher, quer ficar grudado nela 24h por dia e antes do final do filme já tá pedindo em casamento. Esse tipo de construção romantizada é que faz das mulheres seres tão neuróticos quando o assunto é relacionamento. Porque elas ficam com a visão de que aquilo é que amor.
E não é. Ninguém parece entender que as pessoas continuam sendo indivíduos, antes, depois e durante o relacionamento. Não é porque duas pessoas estão juntas que elas devem se tornar uma coisa só! Geez!
Enfim, acho que divaguei demais, vou dormir que tá tarde e eu ainda to de ressaca!
Informações Técnicas do Filme
Título Original: Letter to Juliet
País de Origem: EUA
Gênero: Drama/Romance
Ano de Lançamento: 2010
Direção: Gary Winick