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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Hobbit - J. R. R. Tolkien


Ao que parece iniciei uma saga de leituras "tolkienanas" seguindo a ordem cronológica em que foram escritas. Creio que agora se trate de uma verdadeira obsessão, ainda mais depois de ler naquele livro "A Linguagem Secreta dos Aniversários" que nascidos no dia dos formuladores têm a tendência de colecionar tudo, não apenas objetos, mas tudo que possa ser colecionado. Não sei vocês, mas eu posso considerar isso que faço em meu blog uma espécie de coleção.
Enfim, voltando ao livro, se trata da história de um hobbit chamado Bilbo Bolseiro (Bilbo Baggins no original) muito sossegado que acaba sendo surpreendido pelo famoso mago Galdalf e entra numa aventura sensacional com um bando de anões, enfrentado os maiores perigos do universo. Pra quem conhece a história de O Senhor dos Anéis é muito interessante, por que consegue fazer os links exatos com a magnífica trilogia. Já pra quem não leu esses livros porque são muito grandes e não viu os filmes porque teve preguiça não faz mal, O Hobbit é uma leitura extremamente agradável.
Assim como Roverandom também é direcionado ao público infantil e devo dizer que, inclusive, testei a leitura em voz alta e consegui me imaginar perfeitamente fazendo a mesma leitura à noite, para meus futuros filhos (que ainda são apenas fruto de minha mente fértil).
Como toda obra de Tolkien, possui incrível detalhamento de personagens e cenários, sendo que os últimos me deixam bastante confusa. Acredito que isso se dá em razão da minha total falta de noção espacial e imaginação geográfica, que não melhora nem mesmo com a ajuda dos mapas e desenhos constantes no livro (espero que você tenha mais sorte que eu).
A história é divertidissima e os personagens cativantes, além do enredo poder ser considerado 'politicamente correto', até porque como toda boa história pra criança tem que ter lições de moral e conter valores do "bem".
A cada livro lido venero mais e mais esse fascinante linguista e sinto cada vez mais pesar por toda a história e seus incríveis detalhes não passarem de mera criação fantástica, tão distante da triste realidade que nos cerca.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Roverandom - J. R. R. Tolkien


Sim, Tolkien! Não só de 'O Senhor dos Anéis' viveu esse magnífico escritor inglês.
Eu particularmente só havia lido a tal saga do Frodo, e me sentia uma medíocre apreciadora de Tolkien, tudo bem que com apenas mais um livro pra contagem eu continuo sendo super medíocre, mas enfim...
Roverandom é bastante diferente da tal mitologia de Tolkien, apesar de conter vários de seus elementos tradicionais, como 3 magos que são claramente os antecessores de Gandalf (já que Roverandom é de 1925-1927) e até a inclusão da Terra dos Elfos (Valfenda). A grande mudança é o público - esse livro foi verdadeiramente escrito para crianças.
Pra ser mais específica a história toda foi criada, inicialmente, para os próprios filhos do Tolkien. Segundo a versão que eu li, Tolkien inventou as aventuras do cachorrinho Rover (Roverandom) depois que seu filho Michael perdeu um cachorrinho de brinquedo que gostava muito, quando passeava na praia.
O livro é o seguinte - um cachorro que por irritar um mago acaba sendo transformado em cachorro de brinquedo e consequentemente acaba vivendo grandes aventuras, indo da Lua ao fundo do mar! Loucura total, mas achei lindo um pai ter tanta criatividade só para entreter os filhos.
A história é uma graça! Cheia de alusões a outros grandes autores (incluindo até Lewis Caroll), mitologia nórdica, grega e da própria Grã-Bretanha e alguns outros fatores bem próprios da época.
A melhor parte pra mim foi a definição de Tolkien sobre o "Dark Side Of The Moon", que na história se trata do lugar pra onde as pessoas vão quando sonham, e diz ele ser o Homem-da-Lua o responsável pela maioria dos nossos sonhos.
Só preciso fazer um adendo - as crianças nas décadas de 20-30 eram muito mais intelectuais que as de hoje em dia, se der Roverandom na mão de qualquer criança de uns 10 anos de hoje em dia ela não vai entender uma única frase de forma plena. Aliás, as crianças de hoje nem sabem o que fazer com um livro, pra quê, né? Se elas têm acesso à Internet e podem xingar muito no twitter depois, sério!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Coraline - Neil Gaiman


Não sei se já expressei aqui o fascínio que tenho por este autor, mas, mesmo que já tenho feito, vale sempre a pena repetir.
A única coisa que eu conhecia dele era a história em quadrinhos entitulada Sandman, a melhor HQ de todos os tempos, sem exageros.
Conheci Coraline com a animação dirigida por Henry Selick, o mesmo que dirigiu The Nightmare Before Christmas. Não, eu não assisti a animação. Apenas achei deveras interessante.
Imagine então quando me deparei com um exemplar de Coraline, na prateleira de uma biblioteca, e me dei conta de que havia sido escrito por ninguém menos que Gaiman! Mas enfim, chega de babar e vamos ao livro em si.

A história se trata de uma menina de uns 10 anos, se não me engano, que se muda com os pais para uma casa enorme. Em suas explorações pela casa, Coraline acaba descobrindo um "outro mundo" e vivendo uma aventura tremendamente bizarra.
Sim, é basicamente uma história para crianças, escrita como tal, narração em terceira pessoa, diálogos rápidos e fáceis. A diferença é que é mil vezes mais bizarra que qualquer história para crianças. Curto. Linguagem simples. Pra quem curte uma bizarrice, que é o meu caso, o livro mostra-se genial. Pra quem é pai/mãe, o livro pode ser usado pra uma boa lição de moral. Independente da idade do leitor é bastante divertido.
Em poucas horas a leitura termina. Vale a pena "perder" 2 ou 3 horas nesse livrinho.
Antes de começar, Gaiman faz uso de uma citação que me fez sorrir quando li:

"Contos de fadas são a pura verdade: não porque nos contam que os dragões existem, mas porque nos contam que eles podem ser vencidos." (G.K. Chesterton)