segunda-feira, 12 de julho de 2010

Uma História dos Piratas - Daniel Defoe


Pra quem achou o nome do autor familiar é porque com certeza já leu 'Robinson Crusoé', história clássica do naufrago que vive 28 anos numa ilha, lutando contra a natureza e seus fantasmas pessoais, escrita em 1719.
Acontece que 'Uma História dos Piratas' é um pouco diferente, é um apanhado de histórias sobre piratas, escritas por Defoe sob o pseudônimo de capitão Charles Johnson e com o intuito de criticar a pirataria e o Império por não tomar as medidas necessárias para acabar com essa folia.
A edição que eu li contém apenas uma seleção dos capítulos do livro original, cujo título quilométrico é "História geral dos roubos e assassinatos dos mais conhecidos piratas, e também suas regras, sua disciplina e governo desde o seu surgimento e estabelecimento na ilha de Providence em 1717, até o presente ano de 1724. Com as notáveis ações e aventuras de dois piratas do sexo feminino, Mary Read e Anne Bonny antecedida pela narrativa do famoso capitão Avery e de seus comparsas, seguida da forma como ele morreu na Inglaterra."
Fizeram uma edição completa em 1972, que depois foi corrigida e aumentada em 1999 por Manuel Schonhorn e é a partir dessa versão que fizeram a edição brasileira a que tive acesso.

A leitura não é das mais empolgantes por conter um vocabulário naval que desconheço, como por exemplo o que são fragatas? Ou chalupas? Além de que fica muito claro o quanto o autor abomina a "arte" da pirataria, fazendo as narrações serem mais sobre como os caras acabaram morrendo ou sendo presos do que sobre suas conquistas ou peculiaridades. Até a narrativa do Barba Negra é sem gracinha.
Acho que está óbvio também o quanto eu, diferente do Defoe, adoro a pirataria. Mas dá pra entender o cara, né. Não deve ser nada legal ter medo de andar de barco sem ser surpreendido por um bando de ladrões sem um pingo de escrúpulos, e extremamente libidinosos, ainda por cima.
Enfim, voltando ao livro, não vejo nada demais na forma como ele escreve, ao contrário. Acho meio confuso, pra ser bem sincera. O tema é bom, mas a perspectiva do autor não me atrai.

Espero que o próximo livro eu escolha melhor!

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