terça-feira, 22 de maio de 2012

Odisséia - Homero


Edição: Penguin Companhia das Letras
Tradução: Frederico Lourenço
Páginas: 584
Nota: 4/5

Todo mundo conhece a história mesmo que não saiba detalhes dela. É bem comum ouvir palavras como "homérica", "odisséia", "presente de grego" no nosso dia a dia, certo? Pois bem, essas palavras vem desta obra, que foi escrita por um suposto Homero que na verdade nem se sabe se realmente existiu!
Sim, existe toda uma polêmica em torno da data de criação e da autoria desta epopeia grega, mas isso não vem ao caso agora, né?
A história é o seguinte: tem esse herói grego, de nome Odisseu (por isso Odisseia - de Odisseu), que luta em Troia e fica 20 anos longe de casa, por N motivos. Odisseia é justamente a história da volta dele pra casa. Enquanto ele vive mil aventuras, e narra suas outras mil aventuras para o rei dos Feácios, mostra como estão as coisas na sua casa. Seu filho, coitado, sofre horrores porque tem que ficar recebendo todo dia mais de 100 homens que almejam se casar com sua mãe. Ninguém sabe que fim levou o Odisseu, e quando ele foi pra guerra ele falou pra mulher que se casasse se ele não voltasse em 20 anos.
Aí ninguém consegue se livrar dos caras, já que a mulher não decide casar com ninguém mas também não os dispensa, e eles ficam lá, bebendo e comendo tudo que tem na casa do Odisseu, fazendo festas e sendo babacas.
O final não tem nada de surpreendente, mas é bem mais sanguinolento do que eu tava esperando. Esqueci o nome do cara que disse que a Odisseia foi escrita por uma mulher, mas isso é uma ideia absurda, já que se fosse verdade Penelope (a esposa) tinha feito picadinho de Odisseu no final do livro.

Eu achei uma história muito boa, principalmente porque me lembrou minha infância, quando eu assistia "As Aventuras de Wishbone", um cachorro que sempre revivia as histórias dos clássicos da literatura. Eu lembro do episódio que Wishbone era Odisseu.

Enfim, a obra é tão importante e tão influente quanto a Bíblia e simplesmente ditou as diretrizes do que entendemos por literatura. Ou seja: TEM QUE SER LIDO.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Édipo Rei - Sófocles



Edição: L&PM Pocket, 2012
Tradução: Paulo Neves
Páginas: 96
Nota: 3/5

Sabe as palavras drama e tragédia? Você passa a realmente entender o significado e a origem dessas palavras depois de ler essa produção grega, chamada de TRAGÉDIA. Talvez eu pareça redundante dizendo essas coisas, mas juro que não estou! Ninguém é obrigado a saber a ligação entre algumas palavras e esses gêneros originários da Grécia Clássica, certo?
Aquele papo de psiquiatra de "complexo de Édipo" surgiu com essa tragédia, que é nada menos do que uma representação do mito de Édipo, o cara que acaba descobrindo coisas horríveis sobre sua origem.
Não quero entrar em detalhes sobre a história em si, para não estragar o final para quem não a conhece, mas fica difícil dimensionar o quão dramática é a coisa toda sem contar ao menos um pouquinho.
Édipo era rei de Tebas, e tudo tava lindo, eis que o povo vai no palácio choramingar que nada prosperava na cidade, nem as plantações, nem as criações e nem mesmo a procriação dos cidadãos. Aí o rei jura por tudo que é mais sagrado que vai descobrir o que acontece e depois que o responsável vai pagar caro. 
A trama gira em torno disso, dessas descobertas que Édipo vai fazendo e o quanto a cada descoberta um novo problema surge até a chegada do drama final.
Temção!
A história em si é ótima, até porque é um mito extremamente antigo e originou mais um zilhão de produções (literárias e científicas), e tem todo um aspecto filosófico sobre o conhecimento e a origem do ser humano, muito bom para ler e ficar criando teorias diversas sobre o assunto.
A nota não é maior por conta da linguagem, lógico que não poderia ser diferente (tendo em vista que todas as versões são uma mera tradução do original em grego antigo), mas né, é meio chato.
O livro é extremamente curtinho, lido em pouquíssimo tempo. Acho que, por ser um dos clássicos dos clássicos, precisa ser lido!