terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Livro da Bruxa - Roberto Lopes



Esses dias, enquanto minha mãe estava viajando, resolvi fuçar o quarto dela depois do almoço a procura de chocolate. Infelizmente não achei nem um mísero pedacinho, mas encontrei esse livro e, como ela já havia feito uma puta propaganda, resolvi ler o bendito.
Em resumo trata-se da história de um médico que conhece uma senhora que se passa por paciente para se aproximar dele e no fim se revela uma bruxa, ensinando várias coisas sobre a vida ao cara. O livro não é ficção e nem magia estilo Harry Potter, é mais pra auto-ajuda mesmo.
Eu sei que eu disse que tenho pavor desse tipo de livro, mas querendo ou não sempre dá pra aproveitar alguma coisa. E, na verdade, desse livro em questão dá pra aproveitar bastante coisa.
As primeiras 60 páginas foram uma maravilha, tendo me chamado atenção um artigo escrito pelo médico e reproduzido no livro, comparando a vida a uma escola de pintura, bastante interessante e lógico. O problema chegou lá pela página 64, quando os assuntos "mulher" e "casamento" vêm a tona. Achei o texto muito sexista, e não curti. Algumas ideias são comuns com as minhas, mas em geral repudiei toda a concepção de relacionamento exposta pela tal bruxa.
Fora isso e umas outras coisinhas ao longo do livro (como dizer que todo mundo que tem depressão se sente assim porque não sabe aproveitar as coisas simples da vida) eu gostei muito da ideia como um todo, acho que determinados ensinamentos como "aproveitar a vida como turistas" são muito válidos. Acho que a frase do livro inteiro que mais me marcou foi uma citação de Paracelsus, feita pela bruxa: "abandonei o estudo pelos livros dos homens e passei a ler o livro do mundo".
Mais para o final, o médico diz que vai escrever um livro sobre tudo que aprendeu com a bruxa, mas logo muda de ideia dizendo que seria muito difícil e que ele não consegue escrever, e assim a velha senhora acaba passando uma verdadeira receita de como escrever um livro, que eu particularmente considerei genial, em espcial porque friza que livros grossos só servem pra encher os leitores de tédio (queria muito que minha orientadora tivesse lido esse livro).
O mais interessante é que eu só fui me tocar que o autor é brasileiro quando estava lá pelas últimas 20 páginas (o livro só tem 157 no total), o que me fez parar para refletir que fazia muito tempo que não lia um livro em seu idioma original, nos últimos tempos só tenho lido traduçõe e mais traduçoes e não se pode negar que muito é perdido nessas traduções, alterando parte ou até mesmo todo o sentido do que estava escrito.
Enfim, é um livro interessante, curtinho e que não é necessário se tratar de uma história real para fazer um efeito real no leitor. Concordando ou não com as teses ali expostas tenho certeza que de alguma forma mexe com quem está lendo e faz parar para refletir, mesmo que seja para descartar tudo que foi escrito.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Comer, Rezar, Amar - Elizabeth Gilbert



Como havia me mudado há pouco tempo, minha casa ainda estava bastante bagunçada e, assim sendo, os livros acabaram sendo meramente empilhados um sobre o outro (de forma a não ser possível ler os títulos de nenhum sem antes removê-los) dentro de um armário no corredor.
Eu tinha acabado de escrever o post passado e precisava urgentemente de um novo material de leitura. Apelei para a pilha de livros da minha mãe, com o objetivo de escolher um título da forma mais aleatória possível: sem olhar muito, puxei um exemplar que se encontrava mais para o final do monte.
Aqui devo confessar que ao ler o título que escolhera tive dois rápidos pensamentos:
1º: -Nossa que coincidência! - o que se deu ao fato de dois dias antes eu ter visto uma referência a este livro no Twitter e no dia seguinte dei de cara com o CD da trilha sonora do filme de mesmo título, ou seja, foi uma sequência de 3 dias, com 3 diferentes acontecimentos envolvendo esse bendito livro.
2º: - Ah... Será que não tem outra opção de leitura melhor, não? - Sim! Eu tenho MUITO preconceito contra esse tipo de livro (ou pelo menos contra o tipo que eu acreditava ser esse livro). É o típico livro para mulheres, que mistura auto-ajuda com romance.
Não sei dizer se foi pela coincidência com os eventos anteriores, ou se em respeito à teoria da aleatoriedade, que se baseia em escolher algo (livro, filme, resposta de prova) de forma completamente aleatória, como se entregando ao "universo" o poder de escolha. Eu costumo não contrariar a decisão do "Universo", afinal ele deve saber o que faz (NOT).
De qualquer forma, iniciei a leitura.
O livro é dividido em 3 partes, cada uma remetendo a um dos verbos do título. Em resumo a história é uma escritora, que se divorcia, passa por maus bocados (aquele papo de depressão e tal) e resolve passar 01 ano viajando por 03 países, ficando 04 meses em cada país. Aqui gostaria de fazer um adendo de que eu também apreciaria muito poder resolver meus problemas emocionais viajando por 01 ano, tenho certeza que no primeiro dia de viagem eu já teria superado todo e qualquer problema.
Mas, continuando, a primeira parte se passa na Itália, e sim, diz respeito ao "comer"! Gulosa como só eu sei ser, não consegui ler 01 página sequer sem ficar com fome (mesmo lendo logo depois do almoço diversas vezes). Nessa parte ela cita muitos lugares magníficos da Itália que valem a pena serem visitados e, mais do que isso, o que comer em cada lugar! No momento estou morrendo de inveja do meu pai, que está indo pra Itália hoje, daqui a poucas horas. Mas acho que tô fugindo do assunto já.
Na segunda parte, verbo "rezar", a mulher se enfia num ashram indiano, onde ela supostamente tem que passar 4 meses meditando e cantando mantras. Adorei o fato dessa parte ser extremamente difícil para ela, que não aguentava ficar 1 minuto parada no lugar. Ia ser patético se depois de passar 4 meses se empanturrando na barulhenta Itália ela conseguisse num passe de mágicas ficar ultra mega tranquila e zen, só comendo comida vegetariana e meditando bem quietinha. Ao longo do livro todo ela vai se dando conta e sendo ensinada sobre espiritualidade e divide seus pensamentos e ensinamentos com o leitor, o que considerei muito válido.
A terceira e última parte se passa em Bali e é sem dúvida a mais divertida do livro todo, lógico que tem final feliz e príncipe encantado, por que o objetivo é agradar mulheres (ninguém vai tirar essa ideia da minha cabeça). Mas o melhor é que não tem uma conclusão bobinha, de "viveram felizes para sempre" e fim de papo. Ela deixa bem claro que apesar do desfecho romantico tudo que aconteceu foi consequência dos atos dela, e que tudo foi um duro processo de evolução e descoberta de Deus e de si mesma. Achei muito bom.
Fiz a cagada de ir dar uma conferida no filme que foi "baseado" no livro. Só tenho a dizer que baseado mesmo foi o que fumaram pra fazer esse filme, porque ficou horrível e não só em comparação com o livro. Pra quem leu o livro é uma completa duma deturpação da história, isso é fato, ainda mais com aquela magricela bocuda da Julia Roberts no papel da escritora. Mas eu fiquei imaginando como deve ter soado o filme pra quem não leu o livro: uma história maluquete, duma americana meio doidinha que saiu por aí e viveu em 3 países em uma semana. Juro! A transição de uma parte pra outra é feita em verdadeiros "pulos" de cena, de forma que não dá pra entender quase nada, muito menos toda a transformação que Liz Gilbert vive ao longo desse 01 ano de viagens.
Fiquei super desapontada, mas em geral Hollywood só está decepcionando mesmo, então não dá nada!
Mas o livro eu recomendo. Leitura dinâmica, divertida e inteligente. Tem material de auto-ajuda no meio, isso é fato, mas as vezes pode ser bom, nunca se sabe!

domingo, 3 de outubro de 2010

Orgulho e Preconceito - Jane Austen


Obra extremamente famosa, escrita pela romancista inglesa Jane Austen em 1797, mas que como grandes obras, ainda consegue atingir os leitores mesmo tantos anos depois.
Em resumo trata-se de uma narrativa a respeito do cotidiano de uma jovem inglesa (Elizabeth) durante o século XVIII.
O livro fala muito sobre a cultura da época, destacando principalmente a posição ocupada pela mulher na sociedade inglesa daquele século.
Muitas pessoas já devem ter lido a obra, ou pelo menos visto o filme e sabem a história toda, então nem vou me ater a detalhes sobre a mesma.
Basta dizer que, como era de se esperar, me identifiquei desesperadamente com a personagem principal e fiquei extasiada com o final feliz por estar verdadeiramente torcendo por ele.
Sei dizer que Lizzy (apelido diversas vezes repetido durante a narrativa) me conquistou com seu jeito totalmente impertinente e sincero de ser.
Ao passo que sua irmã mais velha Jane era querida, paciente e bondosa, e suas irmãs mais novas eram frívolas e desagradáveis, Elizabeth era questionadora e pouco convencional.
O "mocinho" do romance também me agradou imensamente, no começo era um completo babaca, presunçoso e orgulhoso e no final surpreende todo mundo.
Mas pra ser bem sincera, acho que na vida real nunca daria certo. Jamais um cara rico e mimadinho como Darcy iria se apaixonar enlouquecidamente por alguém como Elizabeth, sem finesse nenhuma, cheia das ironias e cinismos.
Gostei do jeito sutil com que Austen fazia gracejos a respeito de determinadas condutas ou costumes, como atitudes ignorantes, casamentos por conveniência ou hierarquia social.
Enfim, apesar da linguagem mais arcaica, de ser um pouco extenso o livro e de eu ter demorado quase 1 mês lendo (graças a minha monografia), posso dizer que valeu a pena, e muito, ter pedido emprestado esse título.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os Criminosos Vieram Para o Chá - Stella Carr


Esses dias, enquanto arrumava meu quarto, um livro me chamou atenção. Lembro bem do dia em que o comprei: o título me deixou bastante curiosa e custava apenas R$ 2,00! Eu tinha meus 09 anos e meu gênero preferido era (e sempre será) o suspense, amava os romances policiais, os contos de terror e mistérios.
Não faço idéia de quantos títulos da Agatha Christie já li, muitos (muito longe de serem todos, é claro). Conheci Edgar Allan Poe nessa mesma época (aos 08, pra ser mais exata), além de ter lido alguns do Arthur Conan Doyle e, é claro, milhares daqueles da Coleção Vagalume.

A história de “Os Criminosos Vieram Para o Chá” é muito divertida, e a criatividade não se restringe à trama em si, mas se estende, em especial, aos personagens. A autora é outra apaixonada pelo gênero, além de se dizer uma amante do cinema, o que a leva a fazer certas “brincadeirinhas” ao longo da obra, como incluir aparições aleatórias e sem contexto do grande cineasta Alfred Hitchcock, fazendo alusão às aparições que Hitchcock fazia em seus próprios filmes. Além disso, a autora prestigia ainda Conan Doyle e Agatha Christie, na medida em que os personagens da trama se assemelham física e psicologicamente aos velhos conhecidos desses excelentes escritores ingleses.

O livro é direcionado ao público infanto-juvenil, mas posso garantir que contém sutilezas que só um adulto conseguiria perceber. Além disso, por se tratar de literatura juvenil, se apresenta em forma de uma leitura bastante leve e agradável, que se encerra em poucas páginas.

Foi bastante prazeroso reler uma obra tantos anos depois, mas aposto que seria ainda melhor se esse blog já existisse naquela época e eu pudesse comparar as impressões da primeira leitura, feita ainda na infância, com essa de agora.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Hobbit - J. R. R. Tolkien


Ao que parece iniciei uma saga de leituras "tolkienanas" seguindo a ordem cronológica em que foram escritas. Creio que agora se trate de uma verdadeira obsessão, ainda mais depois de ler naquele livro "A Linguagem Secreta dos Aniversários" que nascidos no dia dos formuladores têm a tendência de colecionar tudo, não apenas objetos, mas tudo que possa ser colecionado. Não sei vocês, mas eu posso considerar isso que faço em meu blog uma espécie de coleção.
Enfim, voltando ao livro, se trata da história de um hobbit chamado Bilbo Bolseiro (Bilbo Baggins no original) muito sossegado que acaba sendo surpreendido pelo famoso mago Galdalf e entra numa aventura sensacional com um bando de anões, enfrentado os maiores perigos do universo. Pra quem conhece a história de O Senhor dos Anéis é muito interessante, por que consegue fazer os links exatos com a magnífica trilogia. Já pra quem não leu esses livros porque são muito grandes e não viu os filmes porque teve preguiça não faz mal, O Hobbit é uma leitura extremamente agradável.
Assim como Roverandom também é direcionado ao público infantil e devo dizer que, inclusive, testei a leitura em voz alta e consegui me imaginar perfeitamente fazendo a mesma leitura à noite, para meus futuros filhos (que ainda são apenas fruto de minha mente fértil).
Como toda obra de Tolkien, possui incrível detalhamento de personagens e cenários, sendo que os últimos me deixam bastante confusa. Acredito que isso se dá em razão da minha total falta de noção espacial e imaginação geográfica, que não melhora nem mesmo com a ajuda dos mapas e desenhos constantes no livro (espero que você tenha mais sorte que eu).
A história é divertidissima e os personagens cativantes, além do enredo poder ser considerado 'politicamente correto', até porque como toda boa história pra criança tem que ter lições de moral e conter valores do "bem".
A cada livro lido venero mais e mais esse fascinante linguista e sinto cada vez mais pesar por toda a história e seus incríveis detalhes não passarem de mera criação fantástica, tão distante da triste realidade que nos cerca.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Cartas Para Julieta


É, não é um livro. É um filme. Lógica? Quem se importa com lógica e padrão? Esse blog é meu e eu escrevo sobre o que eu bem entender.
O filme é lindo, é a história de Sophie, uma nova iorquina que vai com o noivo para Itália, numa suposta viagem romântica, mas o cara não dá a mínima atenção pra ela. Em suas andanças por Verona, sozinha e abandonada, Sophie acaba conhecendo um muro onde mulheres do mundo todo deixam cartas para Julieta (é, aquele do Shakespeare), pedindo conselhos amorosos. E Sophie descobre que um grupo de mulheres recolhe todos os dias essas cartas e respondem a todas. Aí a protagonista acha numa pedra solta uma carta escrita há meros 50 anos e responde toda empolgada. Em menos de uma semana surge em Verona a autora da carta, uma senhora inglesa, Claire, e o neto galã. Eles ficam o filme inteiro atras do Lorenzzo, o amor da vida da véia.
Lógico que eu chorei, sempre choro. A hora que a Claire encontra o Lorenzzo então, eu nem conseguia ler legenda, de tanto que chorava. Óbvio que Sophie chuta o noivo desalmado e termina com juras de amor com o neto galã, nem é spoiler eu falar, é fato que todos esperam se consumar desde o primeiro segundo em que o inglezinho surge em cena.
Nota que preciso fazer: a única coisa que me fez simpatizar com a Sophie é que a paixão dela é escrever, o sonho da menina é ser jornalista e sim, ela escreve sobre a pira em Verona atrás do Lorenzzo e publicam depois a história dela, lógico.

Agora hora de falar mal.
O filme é super clichê, cheio das coisas que não acontecem JAMAIS na vida real, como o noivo que só pensa em conhecer vinhedos e casas de queijo (ele é chef de cozinha) e não dá a mínima pra noiva. A guria tá noiva do sujeito faz mais de 1 ano e só depois de ir pra Verona que percebe o quanto ele é babaca e não dá certo, antes da viagem tudo era lindo, né? O neto galã chega sendo o maior escroto do filme e em 3 ou 4 dias com a loirinha vira um anjo de pessoa. Os caras passam uma semana juntos, chega no final do filme (cena dum casamento, CLICHÊ) já tão dizendo que se amam.
Maaaaaaaaas, o amor dos véios é lindo. Imagine um amor que durou 50 anos. Eu sei porque durou, porque eles não conviveram, cada um foi pro seu lado, casou com outras pessoas, daí é fácil continuar amando, né? Ai credo, eu acabando com o romantismo do filme.
Outra coisa, se vocês amigos querem descobrir o que leva as mulheres a serem tão dramáticas, a resposta é simples: comédias românticas.
Nesse gênero de filme o relacionamento perfeito é aquele onde o cara vive em função da mulher, quer ficar grudado nela 24h por dia e antes do final do filme já tá pedindo em casamento. Esse tipo de construção romantizada é que faz das mulheres seres tão neuróticos quando o assunto é relacionamento. Porque elas ficam com a visão de que aquilo é que amor.
E não é. Ninguém parece entender que as pessoas continuam sendo indivíduos, antes, depois e durante o relacionamento. Não é porque duas pessoas estão juntas que elas devem se tornar uma coisa só! Geez!
Enfim, acho que divaguei demais, vou dormir que tá tarde e eu ainda to de ressaca!

Informações Técnicas do Filme
Título Original: Letter to Juliet
País de Origem: EUA
Gênero: Drama/Romance
Ano de Lançamento: 2010
Direção: Gary Winick

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Uma História dos Piratas - Daniel Defoe


Pra quem achou o nome do autor familiar é porque com certeza já leu 'Robinson Crusoé', história clássica do naufrago que vive 28 anos numa ilha, lutando contra a natureza e seus fantasmas pessoais, escrita em 1719.
Acontece que 'Uma História dos Piratas' é um pouco diferente, é um apanhado de histórias sobre piratas, escritas por Defoe sob o pseudônimo de capitão Charles Johnson e com o intuito de criticar a pirataria e o Império por não tomar as medidas necessárias para acabar com essa folia.
A edição que eu li contém apenas uma seleção dos capítulos do livro original, cujo título quilométrico é "História geral dos roubos e assassinatos dos mais conhecidos piratas, e também suas regras, sua disciplina e governo desde o seu surgimento e estabelecimento na ilha de Providence em 1717, até o presente ano de 1724. Com as notáveis ações e aventuras de dois piratas do sexo feminino, Mary Read e Anne Bonny antecedida pela narrativa do famoso capitão Avery e de seus comparsas, seguida da forma como ele morreu na Inglaterra."
Fizeram uma edição completa em 1972, que depois foi corrigida e aumentada em 1999 por Manuel Schonhorn e é a partir dessa versão que fizeram a edição brasileira a que tive acesso.

A leitura não é das mais empolgantes por conter um vocabulário naval que desconheço, como por exemplo o que são fragatas? Ou chalupas? Além de que fica muito claro o quanto o autor abomina a "arte" da pirataria, fazendo as narrações serem mais sobre como os caras acabaram morrendo ou sendo presos do que sobre suas conquistas ou peculiaridades. Até a narrativa do Barba Negra é sem gracinha.
Acho que está óbvio também o quanto eu, diferente do Defoe, adoro a pirataria. Mas dá pra entender o cara, né. Não deve ser nada legal ter medo de andar de barco sem ser surpreendido por um bando de ladrões sem um pingo de escrúpulos, e extremamente libidinosos, ainda por cima.
Enfim, voltando ao livro, não vejo nada demais na forma como ele escreve, ao contrário. Acho meio confuso, pra ser bem sincera. O tema é bom, mas a perspectiva do autor não me atrai.

Espero que o próximo livro eu escolha melhor!