terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Alice - Lewis Carroll


Nome completo: Alice, Aventuras de Alice no país das Maravilhas & Através do espelho e o que Alice encontrou por lá
Títulos originais: Alice's adventures in Wonderland; Through the looking-glass and what Alice found there
Exemplar lido: Jorge Zahar Ed., 2009 - Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges
Páginas: 317
Nota: 4/5

Charles Lutwidge Dodgson, mais conhecido como Lewiss Carroll, inventou todo esse mundo mágico da menina Alice, famosíssimo em todo o mundo, para uma menina chamada Alice Liddell. Sobre as especulações a respeito de seus fetiches (se era ou não um pedófilo) não pretendo abordar. A ideia é apenas contar a experiência que essas duas obras, uma continuação da outra, me trouxeram.
Esse tal livro, intitulado Alice, é uma espécie de coletânea com as duas obras mais famosas de Carroll, e esclarece a história que conhecemos através do clássico desenho da Disney "Alice no País das Maravilhas". O desenho não conta a história nem de um e nem do outro livro, e sim inventa uma nova história unindo elementos de ambos.
Em "aventuras no país das Maravilhas", Alice persegue o coelho branco, toma chá com o chapeleiro, a lebre e o caxinguelê (nem lembro se ele foi colocado no desenho) e conhece a temida rainha de copas (cuja frase de efeito "cortem-lhe a cabeça" é deveras lembrada) e no fim das contas percebe que toda sua aventura foi apenas um sonho.
Já em "através do espelho" Alice descobre o mundo dos "avessos" que existe do outro lado do espelho e é quando se depara com aquelas lindezas "Tweedledum" e "Tweedledee" e as bizarras florzinhas que falam (elas cantam no desenho da Disney). Esse livro é ainda melhor que o primeiro, todos os passos da Alice funcionam como se ela estivesse em um tabuleiro de xadrez, e a loucura consegue aumentar ainda mais nessa obra. Foi daqui que o Tim Burton tirou a tal Rainha Branca, mas ela e a Rainha de Copas NUNCA se conheceram, quanto mais eram irmãs rivais. Aqui a Rainha Branca e a Rainha Vermelha são peças de xadrez assim como os reis branco e vermelho, os peões e os cavalos/cavaleiros de mesmas cores.
Pra mim a melhor parte de "Alice", além do mundo mágico que a suposta imaginação de uma criança é capaz de criar, são as inúmeras referências à língua inglesa, incluindo diversos trocadilhos e ironias que a gramática nos traz. A adaptação para o português ficou excelente, tanto que só por ser boa é que se pode perceber essas piadinhas, mas acredito que ler em inglês deva ser ainda mais mágico!
Além disso, esse livro contém ilustrações originais da obra, feitas por John Tenniel. São ilustrações fantásticas e dão aquela ajuda pra imaginação ir ainda mais longe.

Essas são obras clássicas e, mais do que recomendadas, DEVEM ser lidas!

Um comentário:

  1. Também amo a Alice, essa Edição das poucas que li entre as muitas que existem, considero bem fiel ao original.

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